FAÇA O SENHOR CONHECIDO

Conhecido é Deus em Judá; grande é o seu nome em Israel.
Salmo 76.1

A divisão da humanidade em povos, línguas e nações foi plano de Deus. Em cada agrupamento humano, Ele levantava uns para administrar as questões materiais e chamava outros para cuidar das espirituais e ministrar a Sua Palavra. Hoje, alguns são enviados para levar a Mensagem da salvação onde alguém não quis ir, desobedecendo à convocação divina. Porém, os que forem chamados e não cumprirem a ordem serão responsabilizados pelas almas que se perderem (Ez 33.6).
Em Judá, o Senhor foi conhecido. Naquela tribo, sempre houve pessoas que se deram completamente a Ele. Com isso, não faltaram milagres e livramentos espetaculares, bem como aqueles que fizeram, com amor e dedicação, a vontade divina. Deus não elege indivíduos ou povos por lançamento de sorte, mas dá a todos oportunidades para se acertarem com Ele e se mostrarem fiéis. Contudo, poucos atinam para isso.
A bênção que Jacó deu ao seu filho Judá foi profética. Ele disse que seus irmãos o louvariam e que dele o cetro não se arredaria, pois o Messias viria de sua linhagem. Quando a nação se dividiu em duas, Judá ficou só com Benjamim, mas se tornou o reino mais importante. Já os que governaram as dez tribos restantes, as quais mantiveram o nome de Israel, na sua esmagadora maioria, foram maus e, por isso, tiveram seus territórios invadidos nos dias de Oseias.
De Judá, veio Davi, bisneto de Rute, a moabita que se uniu a Noemi e foi mulher de Boaz. Sob o seu reinado, a nação ainda era unida, e as suas fronteiras haviam sido expandidas, subjugando outros povos, os quais passaram a lhe ser tributários. Depois da separação, o reino de Judá teve reis que, verdadeiramente, serviram a Deus. Com isso, houve época em que até os que pertenciam a Israel iam a Jerusalém em busca do Senhor.
Na declaração do Salmo estudado, aprendemos que o Altíssimo quer ser conhecido em nossa casa também. Hoje, podemos tê-Lo como nosso Médico, Provedor de tudo e Senhor santificador. Com Ele, os problemas deixam de existir em nossos lares. Ah, se todos se dedicassem a entender o quanto o Pai pode fazer, Ele seria conhecido nas famílias como foi em Judá. Para isso, Ele nos deu a dica, cumpre a nós buscá-Lo.
O Nome de Deus tem de ser grande na Igreja de Cristo – a Israel do Senhor. Não podemos viver como coitados que precisam de uma esmola celestial. O Todo-Poderoso deseja que vivamos como Jesus vivia aqui no mundo. Ele estava sempre em comunhão com o Pai e, por isso, andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo diabo. Com esse Nome, nós faremos proezas também.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares

O FIM DA TOLICE RELIGIOSA

Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
1 Coríntios 1.19

A atitude mais estúpida que alguém pode tomar é querer ser sábio aos próprios olhos. Aquele que é onisciente e do nada fez todas as coisas deve ser o Único a dirigir Sua obra. Na verdade, Ele faz isso por meio da Sua Palavra. Porém, há quem teime em agir do seu modo, apesar de o divino Espírito falar ao seu coração toda vez que ele lê ou ouve a pregação da Palavra. O que for construído fora da vontade divina será destruído pelo Senhor.
Quantos projetos que despenderam milhões de recursos não terão aproveitamento algum? O que diremos das pessoas que, tendo consagrado a própria vida a uma atividade religiosa – passando por privações ou sofrimentos físicos –, verão, ao fim, que nada disso será aproveitado? Jesus disse que de Si mesmo nada podia fazer, a não ser aquilo que visse Seu Pai fazendo (Jo 5.30). As revelações que o Senhor nos dá são as obras que Ele está pronto para realizar.
De início, somos tentados a pensar que a declaração de Paulo diz respeito ao trabalho que os cientistas e demais sábios do mundo fazem. Ora, esses homens fazem um bem tremendo ao descobrirem remédios, os princípios que levam ao surgimento ou melhoramento de aparelhos e novas técnicas que ajudam a humanidade a viver melhor. Vale lembrar que o homem não cria nada, mas descobre o que o Altíssimo deixou para o seu bem-estar e progresso.
No tocante à obra divina, o diabo tem conseguido fazer muitas pessoas não olharem para o que Deus fala e fazerem o que querem. Elas são inconsequentes e serão responsabilizadas por qualquer prejuízo que causarem a quem quer que seja. Não há como se deixar usar pelo maligno e não responder diante do Pai. Quanto ao que fizerem, como já disse, nada será aproveitado, pois é lixo da pior espécie.
É preciso que os filhos do Senhor não se deixem usar pelo diabo. Todos precisam falar a mesma coisa e fugir de dissensões (1 Co 1.10), as quais atrapalham muito a obra do Altíssimo. A união dos salvos em um mesmo sentido e um mesmo parecer só será obtida se houver respeito pela Palavra de Deus. Independentemente da igreja em que congregam, esse deve ser o alvo de todos. Assim, o povo santo conseguirá levar adiante a tão nobre missão que lhe foi confiada.
As contendas só existem onde há aqueles que não querem ser servos nem conservos. Os que enaltecem o pregador ajudam o demônio a impedir o crescimento da obra divina. Se você tem-se associado com quem se deixa levar pelo inimigo, pare agora, ou, então, quando o Senhor destruir a sabedoria dos “sábios” e aniquilar a inteligência dos “inteligentes”, você poderá sofrer algum tipo de prejuízo.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares

O QUE HAVIA NA ALDEIA

E mandou-o para sua casa, dizendo: Não entres na aldeia.
Marcos 8.26

Nada do que Jesus fez ou ensinou foi sem motivo. Ele era dirigido pelo Espírito de Deus e, por isso, fazia o que o homem normal não consegue realizar. Seus ensinamentos despertavam e levavam fé às pessoas. Sempre que algo lhe chamar a atenção na divina Palavra, ore a respeito e peça ao Senhor que lhe mostre a lição a ser aprendida, pois, sem dúvida, ela lhe fará bem.
Cristo havia entrado em Betsaida quando algumas pessoas Lhe trouxeram um cego, rogando-Lhe que o tocasse. Ora, nos dias do Seu ministério terreno, nem sempre os pedidos eram atendidos na íntegra pelo Senhor – e, hoje, também isso acontece. Podemos ter certeza de que cada caso é um caso, mas é fato que todos nós, para sermos bem-sucedidos, devemos pedir a orientação divina.
Jesus atendeu àquele pedido; no entanto, para que o milagre ocorresse, era preciso tirar aquele enfermo da aldeia. Então, agindo de um modo diferente do usual, Cristo cuspiu nos olhos daquele homem e impôs Suas mãos sobre ele, a fim de que fosse curado. O Mestre perguntou se ele enxergava alguma coisa e, em seguida, impôs, pela segunda vez, as mãos sobre o cego, pois ele só conseguia ver os homens como árvores (Mc 8.24).
Depois dessa nova imposição de mãos, o homem, olhando firmemente, ficou restabelecido, garantindo a Jesus que via bem e distintamente cada um dos que ali estavam. A seguir, o Senhor o mandou para casa e ordenou-lhe que não entrasse na aldeia. O motivo que levou o Mestre a fazer isso é algo que não entendemos. O que pensaram as pessoas que levaram aquele homem ao verem que Cristo lhe ordenou voltar para casa sem passar pelo povoado?
Há perguntas cujas respostas só saberemos quando chegarmos aos Céus. Tudo o que o Senhor diz e faz tem uma importância tremenda, por isso sempre dê ouvidos ao que Ele o manda fazer. Os que deixarem para depois – quiserem examinar Suas ordens ou não atendê-las de pronto – aprenderão tarde que erraram em não cumprir o que Ele lhes ordenara.
O que havia em Betsaida? Seria a incredulidade que faria o homem voltar a ser cego? Aquele lugar era dominado por um demônio que não deixaria o poder divino operar? No meio dos seus, aquele homem não exerceria a fé, ou, se voltasse à aldeia, negaria a fé e tornaria a ser cego? Como ainda não entendemos tudo, o melhor sempre é fazer o que o Salvador nos diz, porque Ele conhece todas as coisas (Sl 33.13-15).
Se a orientação para que não voltasse à aldeia não fosse necessária, o Senhor não a teria dado. Quando Deus falar algo, não discuta; faça-o! Ele fala pela Sua Palavra.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares

VEJA A SUA TERRA

Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. 

Gênesis 13.17

Após um incidente no Egito, quando Abraão quase perdeu a esposa (Gn 12.10-20), o patriarca decidiu acabar com tudo aquilo que tirava a sua paz. Então, chamou Ló, seu sobrinho, para sugerir que se separassem, pois os pastores de ambos estavam causando algumas situações desagradáveis. Ele não se importou com a atitude carnal de Ló quando este escolheu as campinas regadas do Jordão. Então, o Senhor ordenou a Abraão que percorresse a terra, pois esta lhe seria dada.

O que aconteceu no Egito marcou Abraão para sempre. De repente, o que ele temia lhe sobreveio, pois Faraó tomou sua esposa para ser mais uma de seu harém (v. 14,15). Deve ter sido uma época de muita aflição para o patriarca; porém, ao mesmo tempo, durante aquela provação, ele provou que tinha confiança no Senhor. Como resultado, viu a proteção divina agir em seu favor, impedindo que o monarca egípcio tocasse em sua querida Sara.

Voltando da terra de Cão, Abraão viu que havia brigas entres os seus pastores e os de Ló; então, resolveu dar um fim a esses inconvenientes. Se Ló continuasse ao lado de Abraão, a briga dos pastores tiraria a paz do patriarca. Era evidente que ele não queria isso, pois, sem paz, o inimigo encontraria brechas para atuar. Por outro lado, resolvendo o assunto com o sobrinho, ele poderia viver tranquilo.

Então, de modo claro, Abraão chamou o sobrinho e propôs separação. Como a proposta era do patriarca, ele deu a Ló a preferência na escolha. Para que uma separação seja tranquila e não acarrete nenhum tipo de mal-estar, a pessoa deve mostrar as opções e deixar que a outra parte decida pelo que acha melhor. Quem agir de modo correto não deixará dúvida da sua intenção. O pior que pode acontecer em uma situação como essa é suspeitar ter sido passado para trás.

O sobrinho Ló sabia que Abraão tinha a bênção; contudo, ao ver as campinas do rio Jordão – as quais eram férteis e banhadas em águas –, seus olhos se abriram, e ele disse que era para lá que iria. Abraão, não se mostrando chateado, partiu em direção às montanhas. O sucesso sempre segue a pessoa que possui a bênção, não importa para onde ela vai. Deus sempre honra aquele que O honra; por isso, o melhor da vida é deixar que Ele o guie em tudo!

O Altíssimo aprovou a atitude de Abraão e, como recompensa, ordenou que ele percorresse a terra em sua extensão e largura, pois Deus a concederia a ele. Quem colocar os olhos no Senhor verá que Ele faz as suas linhas caírem em lugares deliciosos e seguros (Sl 16.6). Aquele que se deixa governar pela cobiça ou por outro sentimento maligno, mais tarde, concluirá que não fez bem. Portanto, jamais se queixe do lugar onde o Altíssimo o coloca!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares

CUIDADO COM AS SUAS ATITUDES

O que escarnece do pobre insulta ao que o criou; o que se alegra da calamidade não ficará impune.

Provérbios 17.5

 

Uma vez, ao comentar com certo pregador sobre uma igreja onde eu havia recebido a cura da minha visão, ele escarneceu dela, dizendo: “Ah! Aquela cocheira de animais”. Ele se referiu desse modo porque aquele templo era de madeira, feita por pessoas não profissionais, e, por isso, não tinha aparência bonita. Fiquei muito triste com tal comentário; então, por educação, apenas disse em meu coração: “Pois é, parece uma cocheira, mas foi lá que fui curado”.

Na época, eu era membro da igreja desse pregador – cujo templo era bonito e moderno –, e ele era médico. Eu estava com 22 anos, trabalhava vendendo roupas de porta em porta. No momento em que ouvi aquelas palavras, veio ao meu coração o desejo de mostrar-lhe que eu não havia gostado do que ouvi, mas a prudência me ajudou a evitar ser áspero com o anjo da igreja. Na noite da minha cura, eu voltara de um culto na nossa congregação, quando resolvi entrar naquela “cocheira”.

O Senhor proíbe que escarneçamos dos humildes, principalmente dos que são chamados para fazer a vontade dEle. A palavra pobre, nesse versículo, diz respeito ao necessitado, que pode ser alguém com falta de bens materiais ou da Palavra de Deus. Ora, quem não tem a luz dos Céus é cheio de problemas, toma atitudes indevidas muitas vezes e, por estar no caminho do mal, não tem noção do certo e do errado.

Os problemáticos precisam de misericórdia, que gastemos o nosso precioso tempo em oração para que possam ser libertos do império das trevas. Se deixarmos o diabo nos usar para envergonhá-los, estaremos insultando o Criador. Por que esse prazer mórbido de escarnecer de alguém? Ora, qualquer pessoa que não tem a graça divina pode ser usada pelo inimigo do modo mais sujo, mas os que insultarem o Senhor não ficarão sem castigo!

Outra atitude perigosa é alegrar-se com a calamidade de alguém, mesmo que ele seja uma pessoa que detesta você e o prejudica. A calamidade é uma obra de Satanás para envergonhar, machucar e matar alguém. O Senhor deseja que todos venham ao pleno conhecimento da Verdade para que possam ser salvos. Por isso, sempre ajude quem estiver em dificuldade, pois, desse modo, você estará dando condições a essa pessoa de não ser tragada pelo adversário.

Você agradará ao Senhor ao aproveitar as oportunidades para anunciar as Boas-Novas. Nessas horas, todos dão ouvidos à Verdade. Ao ajudar os necessitados, você será lembrado diante do Pai como um filho obediente, pois Ele nos ordenou que sejamos misericordiosos com quem sofre alguma calamidade (Mt 5.7; 1 Pe 3.8). Assim, o coração do Senhor se alegrará com a sua obediência.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares

OS HERÓIS TAMBÉM SE CANSAM

Já estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas. Já os meus olhos estão consumidos pela mágoa e têm envelhecido por causa de todos os meus inimigos.

Salmo 6.6,7

Em certo momento, Davi passava por uma fase em que os seus clamores o enfadavam e não lhe traziam o resultado esperado. Ele chorava até sua cama se encharcar de lágrimas. O salmista havia deixado a mágoa entrar no coração, e, com isso, sua visão se consumia. A percepção do homem envelhece quando os inimigos estão conseguindo fazer com que ele se deixe levar pelas suas insinuações. Quem, porém, for conduzido pelo Espírito de Deus alcançará a promessa.

Seremos atendidos somente pela ação que empreendermos na santa Palavra de Deus. Por isso, não adianta ficar gemendo em oração, chorando diante do Senhor para que Ele o atenda. A oração deve sempre produzir resultados; se isso não ocorrer, alguma coisa pode estar impedindo o Altíssimo de operar. Pode ser pecado ou desconhecimento dos seus direitos em Cristo, mas, se ela for feita de acordo com a Palavra, a resposta virá.

O que mais faz uma pessoa de Deus sofrer é não conseguir pôr um ponto final à obra do inimigo. Se você não tem obtido ajuda dos Céus, mude o modo de clamar. De nada adiantou a Davi fazer sua cama nadar. Por mais que você se esforce para conseguir a sua libertação, ela só ocorrerá quando lhe vier o entendimento. Mas, se fizer a sua alma nadar na presença de Deus, a sua libertação ocorrerá o mais rápido possível.

As nossas lágrimas devem molhar a fé quando a empregamos para destruir a ação maligna. A obra tem de ser feita com tanta vontade e certeza, que a sua fé sairá encharcada com as lágrimas que você derramar para usar as suas forças até obter o resultado desejado. No entanto, no versículo citado, Davi revela por que a obra não estava sendo feita; por isso, a sua visão estava sendo consumida pela mágoa. Não é bom guardar esse sentimento por ninguém!

Não importa o número de inimigos que se levante e se lance contra você, o Senhor prometeu estar ao seu lado todos os dias. Então, não há por que temer ou resistir em lutar pela fé! Ademais, a nossa libertação já foi conseguida por Jesus na Sua morte. Agora é só questão de assumir o que a Palavra declara lhe pertencer. Os que marcharem confiantes e determinados a vencer não se arrependerão jamais da sua decisão.

O segredo é se deixar ser conduzido pelo Espírito de Deus. Essa direção se dá por meio da divina Palavra. Quem assim proceder verá que a sua vitória está garantida!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares