quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O CLAMOR DOS MORTOS


As nossas más escolhas nos conduzem aos maus resultados, por isso, cada um deve aprender a pensar antes de decidir qualquer coisa, principalmente no tocante à eternidade.

Devemos cuidar e resolver as necessidades deste mundo, mas devemos aprender a priorizar a nossa vida espiritual, e o segredo é: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça...” Mateus 6.33, este deve ser o fundamento das nossas vidas.

Mesmo tendo problemas, passando por dificuldades, ainda que dificílimas, o mais importante é prestar atenção a nossa vida espiritual, e não aos problemas circunstanciais.
Não há sentido em estar perfeito exteriormente, se no interior houver depressão, solidão, medo e rancor. Neste caso, não haverá nada nem ninguém que possa nos ajudar. De nada serve a pessoa querer suprir o vazio interior com as coisas deste mundo, porque não vai produzir o que ela necessita.

Jesus nos fala de um fato em especial, e que nos serve como referencial para o futuro da nossa alma. O texto sagrado diz:
“Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente. Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras; o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras. Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.” Lucas 16.19-22

Quando uma pessoa morre, porém em vida permaneceu na justiça; ou seja, dentro do padrão de Deus, não pelo fato de ter uma religião, mas pela obediência à Palavra de Deus – até porque nem todos os que frequentam a igreja são obedientes a Ela – então, não importa a classe social ou qualquer outra posição. Por ter andado na justiça, ao morrer, imediatamente os anjos vêm para levar a alma dela para o Reino da Justiça. Isto é uma riqueza incalculável, vale mais do que todo o ouro deste mundo, porque é uma certeza que acompanha a pessoa até a morte.

“No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.” Lucas 16.23

Quando a pessoa vive no pecado, no roubo, no ódio, na mágoa, enfim, em tudo o que não presta, ao morrer, não virão os anjos para resgatar a sua alma, porque ela morreu na injustiça.
Deus resgata os justos para um lugar especial, mas aqueles que não quiseram se entregar a Jesus serão levados diretamente à sepultura. Sabemos que a pessoa, ao morrer sem Jesus, é levada ao inferno, que é o lugar dos injustos.

Quem quer conservar a alma deve preservar-se da injustiça, porque não é o ambiente para quem quer a salvação eterna. A alma dos que estão no inferno clama, porque eles estão atormentados.
Quem nasceu de Deus não teme a morte, pelo contrário, até mesmo zomba dela, porque ela já não tem mais poder em sua vida, porém, quando falta esta segurança, a pessoa vive e morrerá atormentada. Quanto mais o tempo passa, mais medo a pessoa vai tendo da morte.

Deus permitiu que desde o inferno o rico visse Abraão, que era o exemplo de fé, o amigo de Deus, para ficar caracterizada a diferença entre quem vive na justiça e quem não vive.

“E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.” Lucas 16.24

O tormento é algo infinitamente pior do que o sofrimento, porque a dor física se alivia com o remédio, mas nada é capaz de aliviar o tormento.
Ele estava no inferno não porque era rico, e sim porque confiou só na riqueza, como muitos confiam somente na própria força do braço.
Você tem confiado em quê: na religião? Nos familiares? No patrimônio? Nas pessoas?

“Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.” Lucas 16.25

No texto pode até parecer que os ricos vão para o inferno e os pobres para o céu, mas não é assim. Tanto o pobre quanto o rico podem ir para o inferno, e isso depende somente da própria pessoa, que decide viver uma vida de justiça ou injustiça.

Quando a pessoa morre, ela irá para onde gosta. Se aqui na vida ela vive para a injustiça, então o inferno clama pela alma dela.

“E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós.” Lucas 16.26

Depois de morto, já não é possível haver uma transferência do inferno para o céu.
“Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” Lucas 16.27-31

De fato, quem já morreu e foi para o inferno está clamando, desesperadamente, para que aquele que está vivo não vá para lá. São eles que estão desesperados por evitar que os entes queridos sejam também lançados no inferno e tenham que passar pelo tormento que eles estão passando.

Trabalhamos diariamente pela sua alma, mas não somos responsáveis pela sua vida lá fora, não somos responsáveis pelas decisões que você toma.

De nada servem as nossas orações para aqueles que já morreram, porque cada um decide para onde irá ainda durante esta vida. Isto é razão, inteligência!

BEM

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